PGR pede arquivamento de inquérito para investigar Pezão na Lava Jato Para vice-procurador-geral, José Bonifácio de Andrada, não há elementos suficientes para continuidade de apuração sobre o governador do Rio de Janeiro.

março 09, 2017

O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andrada, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o arquivamento de um inquérito aberto para investigar o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), na Operação Lava Jato.
Para Bonifácio de Andrada, não há elementos suficientes para continuidade da apuração em relação ao governador.
Diante do pedido da PGR, caberá ao ministro Luís Felipe Salomão, relator do caso no STJ, atender ou não. Salomão pode, se quiser, levar o pedido da procuradoria para análise na Corte Especial do tribunal.

O inquérito

O inquérito foi aberto em março de 2015, há dois anos, e se baseou na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que afirmou ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 do ex-governador Sérgio Cabral a apartir de obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Os recursos teriam beneficiado também o atual governador Pezão, vice de Cabral na época. De acordo com o ex-diretor, o operador dos repasses foi o então secretário da Casa Civil de Cabral, Regis Fichtner. Os três negaram as suspeitas.
Segundo o vice-procurador, não há nenhum indicativo de benefício a Pezão. "As referências a sua pessoa feitas nos depoimentos colhidos sempre tiveram relação com a composição da chapa eleitoral, não uma indicação específica que pudesse circunscrever atos criminosos de solicitação de vantagens indevidas", afirmou Andrada.


Segundo ele, porém, Sérgio Cabral e ex-secretários dele ainda devem ser alvos de apuração. "A apuração confirmou que houve solicitação e, inclusive, repasses financeiros correspondentes, bem assim o vínculo dessas ocorrências com o gerenciamento de atos ilícitos promovidos por Paulo Roberto Costa na Petrobras. Fosse uma simples doação eleitoral, não haveria razão para que o diretor da estatal fosse chamado a atuar, inclusive com o acionamento de doleiro (Alberto Youssef), que também agia no gerenciamento dessas atividades criminosas.

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