Após acusar governo de Damasco de utilizar armas químicas contra civis, presidente americano autoriza ação militar com dezenas de mísseis Tomahawk lançados de destróieres no Mediterrâneo; bombardeio representa mudança na estratégia do país
WASHINGTON - Os EUA fizeram na quinta-feira, 6, sua primeira ofensiva militar direta contra posições do governo Bashar Assad na Síria, em retaliação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de cerca de 100 pessoas na terça-feira. O bombardeio contra pistas de pouso, aviões e centrais de abastecimento representa uma guinada na posição do governo de Donald Trump. Na semana passada, ele declarou que o afastamento do dirigente sírio havia deixado de ser uma prioridade para Washington.
O ataque também representa um contraste com a posição menos intervencionista defendida pelo presidente durante a campanha, quando repetiu que os EUA não poderiam ser a “polícia do mundo” e deveriam colocar questões domésticas em primeiro lugar. Na noite de quinta, Trump disse que combater o uso de armas químicas faz parte da defesa de “interesses de segurança nacional vitais” dos EUA. “Esse não foi um ataque pequeno”, afirmou o chefe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, H.R. McMaster - 59 mísseis Tomahawk foram lançados contra a Síria.
- abril 08, 2017
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