Ele chegou para escrever uma página gloriosa para os brasileiros na história do Barcelona e não decepcionou. Neymar já é o jogador mais influente da história do clube catalão, com a permissão de Dani Alves, que deixou o Camp Nou depois de ganhar 23 títulos durante os oito anos em que lhe foi entregue a faixa de capitão. No entanto, ninguém vai discordar se apontarmos o ex-jogador do Santos como o maior jogador, quando o assunto é o ataque brasileiro, cujo denominador comum sempre foi um jogo mais leve, e que surpreendeu o mundo do futebol. Neymar, portanto, não tem sido menos do que Ronaldinho, Romário, Ronaldo e Rivaldo. Na verdade, ele os ultrapassa em praticamente todos os aspectos. E isso não é pouco.

O camisa 11, no último domingo (2), marcou o seu centésimo gol com a camisa do Barcelona, e está a apenas três para alcançar o número que antes só Rivaldo e Evaristo de Macedo registraram. Os ex-jogadores de Corinthians e Palmeiras ainda são os atacantes brasileiros que registram mais partidas com o clube em cinco temporadas.

Rivaldo saía pouco. Não era um grande amante da noite de Barcelona como Romário e Ronaldinho. Neymar, no entanto, geralmente aproveita os seus dias de folga ao lado dos amigos em sua própria casa, e mostra que está com sintomas de exaustão mental na sua quarta temporada, como fizeram os dois antecessores citados acima. Porém, deve-se notar que, apesar de Romário sair e  não curtir muito treinar, ele não bebia álcool. Talvez seja por isso que Johan Cruyff tivesse um grau de tolerância maior com o brasileiro. Afinal, quando jogava, marcava.

Ronaldinho, no entanto, passou aproveitando a noite aos 27 anos, como fazia aos 23. É óbvio que o corpo não recupera da mesma forma. E a sua quinta e última temporada foi uma sombra do que tinha sido as suas três primeiras temporadas em que nada aconteceu e ele não aparecia para treinar. A assessoria do Barça alegava gastroenterite cada noite de distração. Ele acabou partindo para Milão ao mesmo tempo em que Dani Alves chegava.