O acidente aéreo da Chapecoense que vitimou 71 pessoas em novembro de 2016 está na mira da Polícia Federal. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, as autoridades tentam entender o motivo da escolha pela LaMia, empresa aérea, entre tantas opções de voos comerciais.

A Polícia Federal investiga também a obrigação das equipes brasileiras em utilizar a LaMia, ordem que viria da Conmebol (Confederação Sul-Americana). Na Argentina, a AFA (Associação Argentina de Futebol) repassava uma carta da entidade sul-americana recomendando a empresa boliviana para viagens durante torneios continentais.

Os quatro sobreviventes Alan Ruschel (jogador da Chapecoense), Neto (jogador da Chapecoense), Jackson Folmann (embaixador da Chapecoense) e o jornalista Rafael Henzel prestaram depoimento em Chapecó, mas receberam o pedido de manter sigilo sobre a investigação.

Antes do desastre, na véspera do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional (COL), a LaMia teve quatro pedidos de voar para o Brasil negados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Além disso, a empresa estava sem seguro por ter atrasado o pagamento da apólice –outros problemas apontados foram pane seca e excesso de peso na aeronave.